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Para além do céu de Brasília

Capital. Distrito Federal. Centro de poder político e alvo de escândalos. Mas também conhecido pelo céu (visto) imenso e diferenciado. Para os pesquisadores, é mais do que inspiração, trata-se também de objeto de estudo. 

 

Aluna de física da Universidade de Brasília (UnB), Mariana Casement, de 18, explica queo interesse dela interesse desde sempre foi observar as estrelas, entender como surgem as galáxias, os planetas e estudar um pouco mais sobre o meio interestelar e o espaço. Querendo seguir para a área de astrofísica, ela diz que hoje suas maiores perspectivas no mercado de trabalho são com o desenvolvimento de pesquisas na área, mas busca o ensino como alternativa (positiva), uma vez que o suporte em pesquisa no Brasil não é suficiente para garantir uma renda.

 

Hoje um dos maiores incentivos apontados pela estudante para dar continuidade nos estudos da área é a necessidade incentivar o conhecimento e  ajudar na valorização das ciências como área de estudo.

 

"Hoje o que me faz continuar fazendo física, pra quere dar aula e continuar minhas pesquisas é a crença de que mais pessoas podem ter maior interesse na ciência e que podem conhecer melhor o mundo de uma forma mais eficaz."

 

 

Para a área de engenharia aeroespacial no Distrito Federal, além dos trabalhos realizados pela Agência Espacial Brasileira (AEB), na sede de Brasília, a UnB em 2012 abriu o curso específico com a coordenação do Prof. Dr. Manuel Barcelos que salienta a importância do estudo do espaço.

 

"São muitas as áreas de atuação do profissional que sai de um curso como este, e cada vez mais a gente tem que entender que precisamos explorar o espaço, estudar o espaço por vários motivos, a busca por recurso que podemos não ter mais no planeta, por exemplo, o desenvolvimento em segurança no sentido de civilização, caso ocorra alguma catástrofe. São inúmeras as razões de se ter interesse na área. É ,de certa forma, uma questão de exploração, tentar entender o desconhecido e toda a tecnologia que você desenvolve para poder explorar algo, ela se reverte para a comunidade, de alguma maneira."

 

Barcelos chama a atenção quanto ao mercado de trabalho para o estudante recém formado em Brasília. Ele afirma que hoje uma pessoa formada na área tem que buscar outros lugares para que possa atuar, a cidade ainda não propicia uma grande gama de oportunidade no mercado, sendo ele mais "restrito", mas diz que para pesquisa o aluno tem suporte na própria Universidade de Brasília que vem desenvolvendo diversos projetos e abrindo programas de bolsas para pesquisa na área.

 

"Pra pesquisa nós temos a UnB, que após a abertura do curso virou referência e começamos a fomentar a questão de pesquisas em ciências e ciências aeroespaciais."

O secretário de ciência e tecnologia do Distrito Federal, Marcelo Aguiar aponta o cenário de investimento anual como positivo e ressalta a importância das parcerias.

 

"Juntando essas duas instituições (Secretaria de Ciência e Tecnologia e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Distrito Federal), nós temos um cenário de investimento anual de mais de 100 milhões de reais."

 

Outra parceria essencial e importante para o incentivo à ciência, segundo o Secretário, é com a Secretaria de Educação, que vem impulsionando cada vez mais para os alunos da rede pública, o interesse para a área de astronomia e astronáutica no DF. Marcelo ainda adiciona que uma das maiores conquistas é o Planetário, que está em pleno funcionamento e operando como "xodó da população", o que segundo ele demonstra o crescente interesse na área.

 

"Todas as vezes que fazemos alguma atividade aqui, o planetário lota, são crianças com escolas, adultos, famílias. Há um interesse muito grande pelo equipamento daqui e toda informação que conseguimos proporcionar".

Latitude: -15.7801, Longitude: -47.9292 15° 46′48″ Sul, 47° 55′ 45″ Oeste - BRASIL, BRASÍLIA
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