top of page

FALSÁRIOS

Análise de documentos já representou 70% das perícias; tecnologia reduziu esse trabalho

 

    Registros, assinaturas, carimbos, passaportes… Cada arquivo pode ser uma pista importante que vai se transformar em prova. E, assim, numa investigação de crimes de diferentes gêneros. Na Lava Jato, a análise de documentos levou políticos e empresários para a cadeia. A documentoscopia é a área da perícia ou da criminalística responsável pelos exames de documentos. As perícias documentoscópicas estão presentes em quase todas as ações da Polícia Federal, realizadas em todo o Brasil, principalmente no combate aos crimes contra a fraude documental, comumente utilizado nos crimes contra o sistema financeiro nacional. Apesar disso, a Polícia Federal afirma que com a evolução dos conteúdos digitais esses exames sofreram grande impacto.

 

“Esse tipo de exame representava quase 70% dos exames periciais, hoje entre 20% a 15% dos exames periciais são de documentoscopia.”, afirma perito Clênio Belluco.

 

    Os peritos da área buscam, através de exames, comparações e análises científicas em documentos, esclarecer a autenticidade do material recolhido, revelando os processos e métodos utilizados nas falsificações de papéis e assinaturas. Um dos ramos mais requisitados da documentoscopia é a grafoscopia, técnica utilizada para estabelecer a autenticidade ou autoria de textos escritos à mão, manuscritos, assinaturas em rubricas ou manuscritos de textos para comparação. Feitos também por mecanografia documentos que precisam ir para identificação do tipo de impressão e reconhecimento de carimbos.

 

    O perito explica que para os exames, são usados recursos diversos. “Para isso são usados os equipamentos de melhoria ótica do documento, equipamentos espectrais e outros que auxiliam os peritos  na convicção em análise, ou seja, sua conclusão pericial.”

 

Arquivos danificados

 

    A perícia documentoscópica trabalha em condições diversas, inclusive com materiais danificados, mas nem sempre é possível recuperar documentos danificados. Belluco afirma que é difícil precisar quanto de um material é recuperado, “vai de caso a caso e depende dos equipamentos”.

Por Giovanna Pereira

Fotos: Divulgação APCF

No Brasil e no mundo

 

    O desenvolvimento de tecnologias, métodos e profissionais qualificados no setor está sempre em evolução. Este ano o encontro anual de Ciências Forenses, aconteceu no Canadá. Foi um intercâmbio técnico científico com peritos de outros países para garantir o mesmo nível pericial que em países de primeiro mundo. Este tipo de troca de conhecimentos é feito, uma vez que muitos trabalhos podem ser realizados em conjunto. A INTERPOL, polícia internacional, é a entidade responsável por este cambio de dados em uma investigação conjunta.

bottom of page